A Comissão Especial Para Averiguar a Situação das Rodovias Concedidas no RS fará sua primeira audiência pública no dia 27 de abril, às 18h30, no Auditório da Prefeitura Municipal de Eldorado do Sul.
Na ocasião, os deputados estaduais que compõem o colegiado pretendem ouvir a comunidade, os vereadores e os representantes do Executivo dos municípios que serão afetados pela instalação de pedágios nas BRs 290 e 116, isto é, Eldorado do Sul, Charqueadas, São Jerônimo, Butiá, Barra do Ribeiro, Tapes, Camaquã e Guaíba, acerca do projeto de concessão destas rodovias, que prevê a instalação de seis praças de pedágios. Também foram convidados representantes Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Secretaria Nacional de Transportes Rodoviários.
O objetivo é debater o modelo de concessão e também o impacto dos pedágios nas comunidades em que serão fixados. É sabido que, ao mesmo tempo que os pedágios inegavelmente aumentam a segurança e a trafegabilidade das estradas, também representam um fardo financeiro para o cidadão, especialmente àquele que precisa viajar diariamente para trabalhar e estudar.
Do mesmo modo, é preciso considerar possíveis impactos negativos na economia local, especialmente para as empresas que dependem do transporte rodoviário, e para outros tantos pequenos negócios que podem ter que lidar com uma redução no fluxo de clientes que preferem evitar a taxa adicional, ocasionando uma queda no desenvolvimento econômico da área.
“O projeto esboçado e apresentado pela ANTT para Eldorado do Sul, por exemplo, praticamente sufoca o município, que receberá três pontos de cobrança. Empresas lá instaladas já estão cogitando mudar de localidade, caso se confirme esta configuração de concessão. Estamos falando de milhares de empregos não só em Eldorado, mas em diversos municípios da região”, sinaliza o deputado Luiz Marenco (PDT), presidente da comissão.
Observando-se, ainda, a economia num espectro mais amplo, os pedágios podem afetar a competitividade regional, já que regiões sem pedágios podem ter vantagens de custo sobre as pedagiadas, uma preocupação manifestada por diferentes prefeitos.
“O plano de concessões, como um todo, prevê novos treze pontos de cobrança. Estamos falando de algo que afetará milhares de pessoas por trinta anos. Por isso, vamos percorrer as cidades diretamente atingidas e ouvir da população local e de seus representantes as suas considerações para, posteriormente, encaminhá-las, por meio de um relatório oficial, aos órgãos competentes”, reforça Marenco.
Conforme a ANTT, se tudo transcorrer dentro do previsto, no primeiro trimestre de 2025 o contrato com o vencedor do certame deverá ser assinado, por isso a Comissão Especial convida toda a comunidade para se engajar nessa discussão.
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